Sul da África

no período pré-colonial

Monomotapa - A economia e o comércio



Os historiadores árabes da antiquidade que visitaram a costa da África Oriental e do Sul durante os primeiros mil anos da era cristã, falam-nos de um grande entreposto comercial, Sofala, onde os mercadores árabes iam comerciar o ferro. Esse mesmo porto do mar, Sofala, serviu mais tarde, a partir do século XIV, aos reis do Monomotapa para exportar os seus produtos minerais, o ouro, o ferro e o cobre e também o marfim. Na verdade o porto de Sofala era a porta do Mono­motapa para o exterior. Esta cidade de Sofala encontrava-se dentro do reino de Sofala, um dos vassalos de Monomotapa, embora dominassem lá os mercadores árabes e tivessem um sultão que no entanto pagava tributos de vassalagem ao Monomotapa.



A economia do Monomotapa baseava-se no comércio com o exterior. As várias minas de ouro e outros metais eram directamente controladas pelo Monomotapa ou pelos seus - funcionários que ele enviava para as diversas regiões do Império. Todos os mercadores que vinham comerciar nas diversas feiras que se realizavam no Império tinham que pedir guias de passagem pelo território do Monomotapa. Todos os mercadores do Império que levavam ouro para comerciar na costa tinham que pagar pesados impostos sobre as mercadorias que traziam, que eram geralmente tecidos de algodão e outros produtos de luxo, tais como missangas, colares e outros adornos.

Por volta dos séculos XVII e XVIII houve um comércio de escravos. No entanto foi um comércio que não atingiu as proporções da costa ocidental da África. Estes escravos destinavam-se à índia, enquanto que os escravos da costa ocidental eram enviados para o Brasil e o resto do continente americano.

A civilização do Monomotapa durou a partir do ano 1000 até 1830, altura em que os zulus nas suas migrações para o Norte destruíram os restos que ainda ficavam do Império. A decadência deste império começou a manifestar-se depois da chegada dos portugueses. Estes tinham a intenção de conquistar e dominar enquanto que os árabes se limitavam a comerciar.

Antes de entrarmos no estudo mais detalhado da história da civilização do Monomotapa, é necessário retermos o facto de que era uma civilização da era dos metais com uma organização feudal. Feudalismo era um sistema político, económico, social e militar que existiu não só no Império do Monomotapa mas também em muitas partes da Europa. O rei era o chefe supremo de tudo que havia no reino: a terra, as plantas, os rios e lagos, as árvores e o próprio povo. Os agricultores, os mineiros e os trabalhadores de ferro todos trabalhavam para o rei. Ele era proprietário de tudo. Então chama-se feudalismo a um sistema em que todos trabalham para servir um único chefe e proprietário de tudo. O Império de Mono­motapa era um estado feudal.

Monomotapa quer dizer o Senhor das Minas e este nome ficou como título do próprio rei. Monomotapa não era o nome de um certo rei mas sim um título de todos os reis que ocuparam o trono.

Fonte:
macua.org

Pesquisa:
Luan Loures

1 comentários:

Débora 12 de março de 2011 às 18:21  

adorei este texto é muito informativo e útil, fiz um trabalho sobre isso e tirei nota máxima.

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